imagem

Leia também esses textos!

20 de julho de 2022

Os verdadeiros donos do céu - Poema

 Os verdadeiros donos do céu - Poema


Por vezes queria ser pássaro

no admirar de meu olhar

que se põe a observar


Vejo seus voos rasantes

suas piruetas no ar

fecho os olhos e sinto o vento como se estivesse eu lá


Em cada pirueta por vezes uma caça perfeita

é o “nosso pão de cada dia”

colhido pela natureza

dos pequenos insetos que voam no ar após uma chuva fresca, e bela que caia.


Olha-se no alto na ponta de um pinheiro solitário um Sabiá,

com o peito estufado a observar como um líder nato parece a distância coordenar

No meio do verde das folhagens, farda, para sua tropa trabalhar


Há toda a liberdade de se parar um pouco para descansar e a paisagem observar

Sobre os finos fios de luz equilibra-se com perfeição

e observando lá de cima a distância somos nós os humanos os pequenos então


E apesar de toda essa liberdade de voar por toda cidade

Sem pegar trânsito e em alta velocidade, no final acabam em seu ninho,

lar de muito amor e carinho, cuidam de seus passarinhos, e na distração de seu

ninho feito de palha, mas que dormem como se fossem camas montadas sobre um fino linho,

também tomam seu vinho colhido de um grão de uva recolhido do terreno vizinho.


Agora entendo porque falam que esses casais parecem ‘’ dois pombinhos’’

Vi um casal de pombas, sobre um fio de luz,que por vezes beliscavam-se,

tão unidas em um perfeito matrimônio que pareciam colar uma na outra e formar um só corpo.

Enquanto o Bem te vi deixava claro que sempre via sua donzela por aí.


E o que dizer do crescimento e dos novos voos em um gramado bem verde e fofo

de um pequenino corpo, delicado, ainda pouco emplumado,

onde vê-se as falhas tentativas de uma pequenina ave levantar voo

e não muito distante um casal de pássaros o cuida a cada instante


Cresce-se com voz e se dá-se a ela um canto

desde os mais doces aos mais misteriosos como o dá coruja

um eterno filme cantado, que busca ao público encanta-lo

e que bom é acordar aos seus cantos, para a tristeza isso é um espanto

Faz-se arte por toda parte tendo como palco a vida


Um belo coral, de diversas cores, formas e vozes,

não só do povo dos ares, mas também das matas e mares,

a verdadeira democracia da biodiversidade.


Por :Julia Casarin Lobo

Nenhum comentário:

Postar um comentário