Corri pelo campo aberto
rolei na relva
gritei em alto e bom som
Produzi minha fotossíntese com o calor que vinha do sol
senti seu calor
senti a luz que me invadia e iluminava todo meu corpo
Respirei fundo o ar puro
corri,corri e corri
até que parei para
descansar sobre a sombra de uma grande árvore
Havia uma grande floresta nas proximidades
com os pés descalços e o corpo desnudo
senti meu corpo roçar ao escalar a árvore
Via o céu todo azul do alto daquela árvore
e as nuvens tão brancas como algodão
formando um belo contraste como uma obra de arte
Os pássaros cantavam felizes
as águas da cachoeira
dentro da floresta podiam ser ouvidas e eram música para meus ouvidos
que cantava-me
e encantava-me como uma
sereia me chamando para entrar
Parei risonha diante
de meu próprio reflexo em meio às águas da cachoeira admirei minha própria
beleza
em cada faceta
perfeita e até na imperfeita, que já nem mais ousava chamar de imperfeita se
confundiam entre si
e me faziam me
sentir agora completamente plena e
satisfeita
Toda aquela matéria suada
com o corpo em chamas
nas águas geladas da
cachoeira se refrescava
Inominada, indomada
vagando como uma desatinada
rindo como uma incontrolada
o céu somente me observava
Da minha solidão degustava
aquecida pelo calor da fogueira que de noite me acalentava
numa caverna pequena, mas com as flores que colhia, sofisticada.
Dormia encolhida sobre a luz da chama que irradiava
encolhida e acolhida pelo meu próprio abraço que me abraçava
suspirava profundo e nada me assustava, pois cada animal da
ilha não passava de uma companhia de passada até com as aranhas às vezes eu conversava, pois seu limite eu
respeitava.
Ali meu corpo desnudo descansava entre as rochas e
sobre uma cama com folhas de bananeira improvisada
em suspiros profundo meu sono se concretizava
e com alguém desconhecido eu sonhava
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