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15 de outubro de 2021

Inominada -Poema/Poesia

 


 


Corri pelo campo aberto

rolei na relva

gritei em alto e bom som

 

 Produzi minha fotossíntese com o calor que vinha do sol

senti seu calor

senti a luz que me invadia e iluminava todo meu corpo


Respirei fundo o ar puro

corri,corri e corri

 até que parei para descansar sobre a sombra de uma grande árvore

 

Havia uma grande floresta nas proximidades

com os pés descalços e o corpo desnudo

senti meu corpo roçar ao escalar a árvore


Via o céu todo azul do alto daquela árvore

e as nuvens tão brancas como algodão

formando um belo contraste como uma obra de arte

 

Os pássaros cantavam felizes

as águas da cachoeira  dentro da floresta podiam ser ouvidas e eram música para meus ouvidos

  que  cantava-me  e encantava-me  como uma sereia  me chamando para entrar

 

Parei  risonha diante de meu próprio reflexo em meio às águas da cachoeira admirei minha própria beleza

em  cada faceta perfeita e até na imperfeita, que já nem mais ousava chamar de imperfeita se confundiam entre si

 e me faziam me sentir  agora completamente plena e satisfeita

 

Toda aquela matéria suada

com o corpo em chamas

nas  águas geladas da cachoeira se refrescava

 

Inominada, indomada

vagando como uma desatinada

rindo como uma incontrolada

o céu somente me observava


Da minha solidão degustava

aquecida pelo calor da fogueira que de noite me acalentava

numa caverna pequena, mas com as flores que colhia, sofisticada.


Dormia encolhida sobre a luz da chama que irradiava

encolhida e acolhida pelo meu próprio abraço que me abraçava

suspirava profundo e nada me assustava, pois cada animal da ilha não passava de uma companhia de passada até com as aranhas  às vezes eu conversava, pois seu limite eu respeitava.

 

Ali meu corpo desnudo descansava entre as rochas e

sobre uma cama com folhas de bananeira improvisada

em suspiros profundo meu sono se concretizava

e com alguém desconhecido eu sonhava

 

 

 

 

 

 

 

 



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